Todas as guerras do mundo são iguais.
Todas as fomes são iguais.
Todos os amores, iguais, iguais, iguais.
Iguais  todos os rompimentos.
A morte é igualissíma.
Todas as ações, piedosas ou indiferentes, são iguais. 
Contudo , o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou
coisa.
Ninguém é igual a ninguém.
Não é igual a nada.
Todo ser humano é um estranho ímpar.

(Carlos Drumont  de Andrade - Igual-Desigual. In Nova reunião - Rio de Janeiro. Editora José Olympio, 1985. V.02. página 537 - A paixão medida).